A vibrante cidade escocesa, Glasgow, é o lar de uma série de arquitecturas deslumbrantes e monumentos históricos. Entre eles, destaca-se a Fonte de Doulton – um majestoso tributo ao reinado da Rainha Vitória que combina história e arte numa exibição de cortar a respiração. Este artigo levá-lo-á numa viagem através do rico património deste marco proeminente.
A história da Fonte de Doulton
Construída em 1888 para a Exposição Internacional realizada no Kelvingrove Park, a Fonte de Doulton foi concebida pelo arquiteto Arthur E. Pearce para comemorar o Jubileu de Ouro da Rainha Vitória. A fonte foi encomendada por Sir Henry Doulton à Lambeth School of Art e fabricada pela Royal Doulton, uma das mais famosas empresas de cerâmica britânicas.
A fonte situava-se inicialmente perto do local onde hoje se encontra o café An Clachan, mas foi transferida duas vezes antes de encontrar a sua localização atual, em frente ao Palácio do Povo, em Glasgow Green – o espaço público ao ar livre mais antigo da Escócia.
Um design simbólico
O design reflecte não só a estética arquitetónica vitoriana, mas também um importante simbolismo histórico e político. Com 46 pés de altura e 70 pés de largura na sua base, crê-se que seja a maior fonte de terracota do mundo. No topo, encontra-se uma estátua que representa a Rainha Vitória, rodeada por quatro estátuas de tamanho natural que representam soldados do seu império: Austrália, Canadá, Índia e África do Sul.
Estas figuras são representações simbólicas que mostram como estes países eram vistos durante a época colonial – nações fortes reunidas sob o domínio britânico. Cada figura segura algo representativo do seu país: feixes de trigo para a Austrália, reflectindo a agricultura; peles de animais para o Canadá, simbolizando o comércio de peles; plantas de algodão para a Índia, indicando a indústria têxtil; ferramentas de extração de diamantes para a África do Sul, realçando a exploração dos recursos naturais.
Deterioração e restauro
No entanto, com o passar do tempo, a exposição aos elementos afectou a Fonte de Doulton. Em 2002, tinha-se deteriorado significativamente e necessitava desesperadamente de ser restaurada. A Câmara Municipal de Glasgow levou a cabo um enorme projeto de restauro, no valor de 4 milhões de libras, para devolver a este símbolo do orgulho vitoriano a sua glória original.
A fonte foi desmontada peça a peça – todas as 763 partes foram cuidadosamente removidas para limpeza e reparação, antes de serem novamente montadas no Museu do Palácio do Povo. Este processo meticuloso demorou dois anos, mas assegurou que as gerações futuras possam continuar a apreciar este grande monumento.
A Fonte de Doulton hoje
Atualmente, a Doulton Fountain é uma parte emblemática da paisagem de Glasgow – um testemunho não só do reinado da Rainha Vitória, mas também da rica história e do património cultural da Escócia. Está agora classificada como edifício de Categoria B pelo Historic Environment Scotland, reflectindo o seu significado arquitetónico e histórico.
Os turistas que visitam Glasgow devem definitivamente reservar tempo para este marco histórico que oferece mais do que apenas apelo visual; fornece uma visão do passado colonial da Grã-Bretanha e mostra a arte da era vitoriana no seu melhor.
Informações sobre a visita
A Fonte de Doulton está localizada no Parque Verde de Glasgow, perto do Museu do Palácio do Povo. Está aberta durante todo o ano e é gratuita, embora o horário de funcionamento possa variar consoante a estação do ano ou as condições meteorológicas, pelo que deve verificar com antecedência antes de planear a sua visita.
Uma visita à Doulton Fountain pode ser facilmente combinada com outras atracções a curta distância, como a Catedral de Santo André ou o Provand’s Lordship – um dos quatro únicos edifícios medievais que sobrevivem atualmente em Glasgow!
Perguntas mais frequentes
O que é a Doulton Fountain e onde se situa em Glasgow?
A Fonte de Doulton é um magnífico monumento de terracota situado nos terrenos do Museu do Palácio do Povo, no parque Glasgow Green. Foi oferecida à cidade por Sir Henry Doulton e inaugurada na Exposição Internacional de Kelvingrove Park, em 1888. A fonte é um símbolo do passado colonial britânico, com estátuas que representam a Austrália, o Canadá, a Índia e a África do Sul.
Quais são os horários de visita da Fonte de Doulton?
A Fonte de Doulton pode ser visitada a qualquer altura, uma vez que se encontra ao ar livre no parque Glasgow Green, que está aberto 24 horas por dia, 7 dias por semana. No entanto, por razões de segurança e de melhor visibilidade, recomenda-se a visita durante o dia. Para saber mais sobre a sua história ou obter informações adicionais sobre a sua estrutura através dos funcionários do museu ou dos expositores informativos nas proximidades, poderá querer visitá-la durante o horário de funcionamento do Museu do Palácio do Povo (10h – 17h).
Há alguma taxa de entrada para ver a Fonte de Doulton?
Não, não há qualquer taxa de admissão para ver este monumento histórico, uma vez que se encontra num parque público. Os visitantes podem explorar livremente e apreciar o seu design intrincado sem qualquer custo.
Qual a importância histórica da Fonte de Doulton?
O significado histórico desta fonte reside não só no facto de ser uma das maiores fontes de terracota da Europa, mas também como representação do passado imperial britânico durante o reinado da Rainha Vitória. Cada estátua representa diferentes partes do Império Britânico: A Austrália representa a indústria da lã e do trigo; o Canadá mostra o comércio da madeira; a Índia representa a indústria do algodão e a África do Sul destaca o sector mineiro.
Como é que a Fonte de Doulton foi preservada ao longo do tempo?
Nos últimos anos, foi efectuado um extenso trabalho de restauro desta fonte. Foi desmantelada e deslocada da sua localização original na década de 1890 devido ao congestionamento do tráfego, tendo sofrido danos ao longo do tempo. Em 2005, após um grande projeto de restauro financiado pela Câmara Municipal de Glasgow e pela Historic Scotland, foi transferida para a sua posição atual, no exterior do Museu do Palácio do Povo. A renovação assegurou que os pormenores intrincados do monumento fossem preservados para as gerações futuras.